sexta-feira, 20 de setembro de 2019

TERROIR

TERROIR
FlávioMPinto

Ainda não entendi o porquê, da recalcitrância da indústria de vinhos do Brasil,  em não nomear o terroir das uvas nos rótulos das suas garrafas de vinhos e espumantes, corretamente.
O terroir é algo muito importante para o culto ao vinho e reverenciado em todo canto onde se planta e vinifica os frutos de uma videira. Muitos vinhos levam o nome do terroir.
Ele carrega toda tradição e história do lugar,  que muitas vezes dá ao vinho, credibilidade e confiança. 
Sabemos que ainda não temos estórias consistentes como em outros países, mas temos de começar a coletar. Também sabemos que muitas vinícolas gaúchas trazem suas uvas de outras regiões, de outros terroirs, vinificam na sua sede  e informam que o vinho, enganosamente foi produzido nas suas terras. Na realidade nas suas terras, na sede da vinícola, foi realizado o trabalho dos enólogos para transformar o liquido original em vinho de qualidade e seu engarrafamento. Por isso, os franceses colocam, nos rótulos de suas garrafas, a expressão MIS EN BOUTEILLE, que significa engarrafado na origem, no terroir dando credibilidade ímpar ao produto.
O terroir está intimamente ligado á terra, ao clima e aos parreirais e não á vinificação.
São regiões pequenas, áreas reduzidas que podem ter um microclima e geologia ímpares e únicos. O terroir do Romanée Conti, por exemplo, um Pinot Noir da Borgonha, que chega custar 10 mil dólares a garrafa, tem apenas dois hectares e meio!
No meio vitivinícola diz-se que o vinho fala!
Sim, na realidade é a voz do terroir em cada aroma ou sabor, que dizem de onde vem, clima frio ou quente, do hemisfério norte ou sul, se passou por correção em madeira, informa sobre o teor alcoólico, aromas, sabores, acidez e docilidade da uva /vinho. Nos diz todas as suas características. 
Podemos, também, viajar no tempo ao imaginarmos a época que o vinho foi vinificado e suas uvas plantadas/colhidas. Daí vem a história ligada as estórias do vinho!

NACIDO E CREADO EN MENDOZA 2018

FlávioMPinto

Um Malbec para ninguém colocar defeito: aquerenciado na Argentina no terroir de Mendoza, no sopé dos Andes argentinos. 
Púrpura clara, aromas de framboesas, agradam de saída.
Na boca, cálido, agradável de degustar, taninos suaves, bem encorpado, boa acidez, equilibrado em todos os aspectos do corpo.
Sabores de morangos e cerejas suaves. 
Teor alcoolico de 13% agrada.
Deixa um final frutado e duradouro.
Esta é a minha opinião.


CORAGEM 2016

CORAGEM 2016
FlávioMPinto

Um vinho tinto português competente como todos os vinhos lusitanos.
Escuro, púrpura forte e quase impenetrável.
Um blend de Jaen, Touringa Nacional e Tinta Miúda, uvas autóctones  lusas da região de Lisboa.  Um belo blend como só os portugueses sabem fazer.
Aromas de frutas frescas desprendem logo que a garrafa é destampada. 
Na boca, cerejas, morangos e outras frutas negras silvestres se apresentam.
Não é preciso coragem para degustá-lo e sim muito respeito para entendê-lo, que não é difícil, pois é fácil de decifrar seus aromas e sabores.
Um vinho encantador na sua simplicidade e honestidade. 
O teor alcoolico de 13,5 % não se apresenta no corpo, revelando a harmonia entre os aspectos constituinte, não deixando de ser encorpado com caninos presentes levemente, dando ar de sua graça.
Deixa um final competente, longo e duradouro frutado.

Esta é a minha opinião.