segunda-feira, 29 de outubro de 2018

AURORA VARIETAL PINOT NOIR 2018

AURORA VARIETAL PINOT NOIR  2018
FlávioMPinto

A Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, uma das mais tradicionais e antigas vinícolas do Rio Grande do Sul e , claro, do Brasil, sempre nos apresenta produtos extremamente confiáveis e honestos.
Esse Pinot Noir vai nessa direção.
De cor grená tranquila, claro e um pouco transparente, emite poucos aromas, uma característica da cepa.
Mas na boca o frutado se faz presente , suavemente, com framboesas, cerejas, e especiarias como canelas suaves e cravos. 
O teor alcoólico de 12,5 % o deixa bem elegante combinando com a acidez e os poucos caninos que se apresentam. É um vinho que não agride as papilas gustativas. 
É bem cálido e acolhedor, fácil de gostar. 
Deixa marcas com sua personalidade distinta dos outros tintos do mercado.
Um vinho de uma uva distinta. 

Esta é a minha opinião.

ESPUMANTE VICTORIA GEISSE EXTRA BRUT VINTAGE

ESPUMANTE VICTORIA GEISSE EXTRA BRUT VINTAGE
FlávioMPinto

A região de Pinto Bandeira na Serra Gaúcha é uma das maiores produtoras nacionais de espumantes.
E Mario Geisse, um do mais antigos, tradicionais e competentes produtores. Mario é chileno, mas aquerenciado a mais de 30 anos no Rio Grande, já podendo ser considerado brasileiro.
De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, apresenta uma perlage forte, fugaz e ligeira, revelando sua qualidade. 
Aromas cítricos se apresentam logo após o destampar da rolha e os sabores de cítricos como limões sicilianos, lixas e ameixas , peras e maças verdes surgem aos borbotões. 
Os 12% de álcool o deixam muito elegante e harmônico combinando com uma bela acidez. 
Cremoso e persistente nos sabores muito agradáveis.  
Um espumante de alto nível. 

Esta é a minha opinião.

ESPUMANTE PROSECCO AURORA

ESPUMANTE PROSECCO AURORA
FlávioMPinto

A uva Prosecco é originária da Itália. Trazida a pouco tempo para a Serra gaúcha germinou e se deu muito bem produzindo ótimos espumantes. Na sua terra natal também é conhecida como Glera.
O espumante da Aurora, como toda produção atual de espumantes brasileiros, é de uma qualidade ímpar.
Fresco, límpido, com uma perlage delicada, mas persistente e muito elegante. Feito no processo Charmat. De cor amarelo palha com reflexos dourados, encanta já na primeira vista.
Aromas delicados de frutas cítricas se refletem nos sabores, também cítricos, de lixias e limões sicilianos.
Mais um produto de excelência da vitivinicultura brasileira.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

VINHOS BRANCOS NA CAMPANHA

VINHOS BRANCOS NA CAMPANHA
FlávioMPinto
Conversando com um produtor, dono de uma vinícola na Serra gaúcha, ele se revelou apaixonado por Livramento. O motivo foi ter achado um tesouro em uvas brancas que o faz, anualmente, adquirir volumes consideráveis uvas de castas nobres brancas na cidade. Os vinhos produzidos, vinificados na Serra,  sempre são aquinhoados com prêmios Brasil afora e até no exterior.  O carro chefe é a Chardonay. Por sinal, a uva ícone da Champagne, lá no país líder na produção dessa uva fina.
A Chardonay é considerada a rainha da uvas finas brancas e rivaliza com a tinta Cabernet Sauvignon , esse reinado.
É uma casta vinífera que gera respeito e produz vinhos sofisticados. Consta que seu reinado iniciou na França quando a rainha, mulher de Carlos Magno, que, sempre ao vê-lo com a barba turva em tinto após beber vinho, convenceu-o a proibir que se produzissem vinhos tintos na região da Borgonha, onde o rei glutão mandava buscar seus vinhos. E as castas brancas começaram a proliferar até que em 1891, com o avanço da filoxera, Louis Latour  implementou a Chardonay nos seu vinhedos, originando os Corton-Charlemagne. O sucesso foi tanto que todos os vizinhos passaram a plantar essa casta, que hoje faz sucesso na região Reingau produzindo  os mais afamados vinhos brancos do planeta- os Montrachet e os Corton-Charlemagne. Com destaque, é claro, para a AOC Corton-Charlemagne, a do vinho do Imperador.
Mas a região que melhor aproveita a casta é a Champagne com a produção dos seus espumantes famosos-os Champagnes. É ali que, em maior escala, a uva Chardonay alcançou seu esplendor.
O mais curioso é que a região da Champagne e as áreas que produzem admiráveis brancos na Borgonha-Beaune-, são muito semelhantes. Colinas e mais colinas acompanhadas por um clima saudável ás uvas.
E o mais impressionante ainda é que essas regiões se assemelham com a Campanha gaúcha com suas leves ondulações com longos aclives e declives e ventos frios no inverno. Suas coxilhas formam uma paisagem única. Exclusiva.
Os vinhos da Chardonay são de um amarelo ouro, complexos, transparentes, untuosos e aromáticos. Apresentam um bouquet de flores. É claro, os bem produzidos. Os vinificados á galega, ou não respeitando a casta, não possuem essas características.
É um vinho sofisticado, elegante e aristocrático que combina com nobreza de espírito em qualquer fase, seja na produção seja no consumo. O champagne que o diga.
 E essa casta,  como bem observou o produtor da Serra, se deu muito bem na Campanha, mais particularmente na fronteira oeste.
Ainda não se tem estórias como a do rei Charlemagne, mas um futuro promissor espera as brancas do Pampa gaúcho