sexta-feira, 8 de novembro de 2019

OREMUS TOKAJI DRY MANDOLAS 2007

FlávioMPinto

Os Tokaji húngaros são parte da elite dos vinhos brancos mundiais. 
Feitos com a autóctone uva húngara Furmint.
Um vinho longevo, característica inexistente no rol de vinhos brasileiros. Pelo menos até agora.
De cor amarelada bem viva, exala aromas com toques de conhaques e flores silvestres.
Seus 13% de álcool aparecem na boca com muita mineralidade. Maças verdes, damascos , figos e abóboras em calda,  nozes, alcaçuz, reforçam sua complexidade.
Mesmo com sua idade, não apresenta resíduos permanecendo limpo e transparente. 

Um vinho para quem aprecia raridades.  Não é para iniciantes.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

SANTA CAROLINA CABERNET SAUVIGNON CARMENÉRE RESERVADO 2018

 
FlávioMPinto
Mais um vinho tinto da competente chilena Santa Carolina.
A potência da Cabernet Sauvignon em um blend com a suavidade da Carmenére.
Cor púrpura forte exala aromas de frutas silvestres, como amoras frescas, e caldo de ameixas.  Segue a linha de competência das vinícolas chilenas.
Seus aromas primários nos remetem a um vinho intenso.
Na boca, a complexidade se faz nos sabores cálidos de morangos maduros, chocolates e frutas vermelhas silvestres.
Tem um teor alcoólico baixo - 13%, mas que não quebra o corpo harmônico integrado por taninos suaves e boa acidez nem sua boa estrutura. 
A Carmenére já está substituindo a Merlot em muitos blends chilenos com sucesso.
Encorpado e com boa acidez, nos remete a um potencial gastronômico excelente.
Um vinho que trás qualidade e refinamento ao grupo de seus parceiros do dia a dia.
Deixa um final longo e competente.
Esta é a minha opinião. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

ALMAVIVA 2006

ALMAVIVA 2006
FlavioMPinto
É o ícone da chilena Concha y Toro.
Um blend de Cabernet Sauvignon, Merlot, Carmenére e Cabernet Franc com uvas do Vale do Maipo.
Um vinho de guarda inédito no hemisfério Sul. Faz parte do time de vinhos sulamericanos mais caros e longevos por sua qualidade reconhecida.
Foi feito em uma parceria da Baron Phillippe de Rothschild francesa, uma das mais aristocráticas e tradicionais produtoras de vinho no mundo,  com a Concha Y Toro. No Chile, claro.
Um vinho para quem conhece o riscado.
Deve ser decantado, 1h a 1h e 30 o suficiente, para oxigenar-se e transformar-se num ícone da vitivinicultura sul-americana e  mundial.
Sua cor púrpura clara engana quem não conhece vinhos longevos, achando-o meio ralo á primeira vista, mas a liberação de seus aromas frutados indica o que vem a seguir.
De cara aromas primários de baunilhas, chocolate quente, frutas vermelhas de bosques compotadas.  
Na boca, seus 14,5% de álcool, já consumidos pela idade, se integram na estrutura e no corpo harmônico com os taninos suaves e um pouco aveludados.
A complexidade surge logo com sabores de chocolates, morangos, toques de hortelãs e mentas, frutas silvestres compotadas, num festival de sabores campestres como amoras.
Encorpado, demarca fortemente seu território com sua personalidade marcante, afinal é um aristocrático Baron Phillippe de Rothschild sem tirar nem pôr.  Mas também é muito elegante e delicado, para não dizer aristocrático e imponente na sua estrutura.  
A Concha Y Toro também deixa seu forte recado no blend com a Carmenére, uva emblemática chilena.
Considero-o o melhor vinho americano e um dos mais marcantes do universo vitivinícola mundial. É esse o nível que a indústria chilena de vinhos chegou com competente planejamento, visão estratégica longa e seriedade.
Um excepcional vinho de guarda que deixa um final longo e delicado.

Esta é a minha opinião.