quinta-feira, 31 de maio de 2018

VIÑAS DE CHACRAS RESERVA CABERNET SAUVIGNON 2015

VIÑAS DE CHACRAS RESERVA CABERNET SAUVIGNON 2015

VIÑAS CHACRAS RESERVA CABERNET SAUVIGNON 2015
FlávioMPinto
Este é mais um produto do Cesar Azevedo no exterior: agora no vale Central no Chile, um dos mais importantes terroirs daquele país.
Exprime bem a personalidade da Cabernet Sauvignon: aromas fortes de frutas vermelhas maduras, cor violeta forte e brilhante, lágrimas bem presentes anunciando sua untuosidade e vertente gastronômica.
Na boca, juntam-se avelãs, morangos maduros e especiarias aveludando o bouquet e o sabor do Viñas Chacras Reserva Cabernet Sauvignon. Simplesmente divino. 
Sua elegância é evidenciada no perfeito equilíbrio entre os taninos, acidez, teor alcoólico. Um cuidado extremo revelando a competência do enólogo.
Cálido, acolhedor, amigável.
Não passou por correção em barricas, o que evidencia a personalidade da cepa e capacidade do terroir.
Um vinho muito agradável de degustar.
Deixa um final longo.
Esta é a minha opinião. 

                                       

MAIS UMA DOS VINHOS!

MAIS UMA DOS VINHOS!
FlávioMPinto
Dias atrás fui surpreendido, numa degustação de vinhos, sobre um tema interessante: está ocorrendo um movimento contrário as grandes marcas mundiais e vinhos longevos de tradição. Ninguém sabe de onde surgiu.
É, surge cada uma a cada dia que passa, mas lutar-se contra o que é mais tradicional nesse mercado, que vive de tradição, para mim, beira insanidade.
As grandes marcas, os grandes châteaux franceses estão sendo brutalmente atacados, pela corrente contrária, com o argumento de que poucos vão comprar um vinho e não vão aguentar 20/30 anos para esperar que ele chegue ao seu potencial máximo para consumo!
Semana passada tive uma experiência interessante: fui degustar um vinho conhecido e não gostei. Vaticinei que a permanência nas barricas alterara brutalmente o caráter da cepa engarrafada e desvirtuara o produto. Pois bem. Arrolhei novamente e guardei. Não era um vinho de características longevas, muito menos constante dos portfólios de vinhos sofisticados que mereceriam uma decantação. Era um vinho simples desses encontrados em qualquer supermercado, mas com um preço pouco acima da média indicando sua qualidade.
Degustei quatro ou cinco dias depois e seu comportamento alterara-se brutalmente. Para melhor, claro.
Daí vem a comparação com os vinhos longevos franceses e italianos, principalmente. Essa espera faz a diferença e diferencia “os adultos das crianças”, como bem se diz nos ditos populares.
A oxigenação ou aeração é uma medida que só o tempo diz os benefícios que apresenta. O nosso paladar é que agradece! 
Vejamos, o mercado dos champanhes move-se pela marca! Ninguém se preocupa se ele foi produzido de Chardonnay, Pinot Meunier, Pinot Noir….O que importa é a marca que consegue produzir milhões de garrafas daquele líquido fantástico com mesmo nível de qualidade! 
Os borgonheses dominam todo o ciclo de produção dos espumantes franceses chegando ao ponto de limitar a data e fim da colheita e a quantidade de litros resultante da primeira prensagem. Numa Appellation todos seguem esse caminho em prol da manutenção histórica da qualidade. Tradicionais produtores seguem procedimentos rotineiros seculares com inegável aceitação do mercado.
Qual é a lógica de renegar procedimentos tradicionais dos produtores e chegar ao ponto de tentar conflitar procedimentos dos degustadores na busca de um melhor aproveitamento do produto?
Não tenho dúvidas que é uma guerra mercandológica e imediatista. 
Só quem entra nessa guerra é quem nunca  degustou um vinho longevo ou tem interesses inconfessos de mercantilizar seu vinho jovem.
Na Argentina, aconteceu fenômeno semelhante: tentaram desmistificar o consumo do vinho barateando-o e resumindo os requintes de degustação. O resultado é que lá o consumo baixou drasticamente,  de 58 para 18 litros per capita anual, tendo os consumidores passado para a cerveja! O tiro saiu pela culatra!
O vinho é um bem mundial e a bebida mais antiga da Humanidade, resguardada na presença nos cerimoniais mais antigos que se tem notícia.
Vinho é tradição, aristocracia, história, trabalho incansável na busca da qualidade. 

Vinho é a bebida dos reis e assim merece ser tratada.

sábado, 26 de maio de 2018

CROCIATO NERO

CROCIATO NERO
FlávioMPinto

Um vinho de mesa italiano com uvas Sangiovese, Cabernet Sauvignon e Syrah. É da Toscana e de Montalcino, uma das mais famosas regiões  produtoras de Sangiovese Grosso ou Brunello di Montalcino, nome mundialmente conhecido por sua qualidade e sofisticação. 
Esse blend já indica sua origem, numa associação de uvas européias á Sangiovese que deu origem aos Supertoscanos. 
Mas vamos ao Crociato. Um vinho de cor violeta bem definida. Forte, mas não enigmática. Não é safrado, mas pode-se avaliar sendo de uma  safra de aproximadamente 5 a 8 anos, pois ainda não mostra os halos de envelhecimento nos anéis púrpuras esmaecidos no seu colar.
Aromas de violetas se desprendem de um visual límpido e com lágrimas abundantes e regulares, nos revelando sua untuosidade. 
O teor alcoólico de 13,5% não se revela, mas na boca não deixa de ser elegante e equilibrado.
Cálido, harmonioso, não deixa os taninos tomarem conta da atmosfera. Um vinho levemente encorpado. Um vinho gordo, assessorados por sua untuosidade marcante.
Um vinho muito diferente dos que estamos acostumados no Brasil, normalmente mais alcoólicos.
De bom acidez evidenciando sua vertente gastronômica.
Deixa um final cálido e frutado.

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

ESPUMANTES MOSCATEL NATURE E BRUT

ESPUMANTES MOSCATEL  NATURE E BRUT
FlávioMPinto
Credito a mudança de padrão de introdução do teor de açúcar, através do licor de expedição nos espumantes, levou estes ao sucesso internacional.
O Brasil mantinha-se ao lado dos espumantes internacionais produzindo com a CHARDONNAY o líquido dos deuses. 
Não se destacava, por não apresentar uma diferencial, na bebida descoberta por Don Pérignon. Estava na vala comum liderada pelos franceses que não viam ninguém se aproximar.
A maré começou a virar para o lado dos brasileiros quando a indústria nacional da Serra Gaúcha passou a utilizar a uva Moscatto para fazer os espumantes Moscatel. E ainda mais quando acertaram a mão no licor de expedição investindo nos tipos Nature e Brut. Inúmeros concursos internacionais na Europa foram vencidos pelos Moscatéis Brut brasileiros, colocando-se á frente dos tradicionais franceses feitos de Chardonnay/Pinot Noir/ Pinot Meunier, sendo que o último vencedor, melhor colocado como Espumante,  foi o Casa Perini Moscatel Brut.
É reconhecida a docilidade da uva Moscatto ocasionando um aspecto meio enjoativo após a ingestão de algumas taças. Os modos Sec, DemiSec e Doce, com teor de açúcar alto, e com o aquecimento natural da bebida, dificultam o prosseguimento de uma degustação demorada, em uma festa, por exemplo.
Na forma Nature e Brut o sabor adocicado da cepa se mantém, não sendo sobrepujado pelo licor de expedição ficando até o fim o sabor da uva originário. 
Seja Brut, com percentual irrisório de açúcar,  ou Nature, sem esse licor, o espumante Moscatel fica com seu sabor natural preservado e mantido até o final. 

Não importando o modo que o espumante é feito, seja Champenoise, Charmat ou Asti, o espumante brasileiro Moscatel já está no topo dos espumantes mundiais pela sua qualidade, para orgulho dos vitivinicultores brasileiros. 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

CHÂTEAU LUC DE BEAUMONT 2012

CHÂTEAU LUC DE BEAUMONT 2012
FlávioMPinto
Vinho francês é vinho francês e não tem para ninguém. Ainda mais de Blaye-Bordeaux!!!
 É do Luc Schweitzer de Blaye , Bordeaux. 
Medalhas  nos seguintes concursos: 
Concurso da Aquitaine em Concours Mondial de Bruxelles, 2016:Prata
Concours de Bordeaux Vins d'Aquitaine, 2014: Ouro
Concours de Bordeaux Vins d'Aquitaine, 2013: Prata
Concours de Bordeaux Vins d'Aquitaine, 2013: Bronze
Challenge International du Vin, 2012: Ouro
É um blend de Merlot e Cabernet Sauvignon. Blend típico da região famosa. Uvas autóctones de Bordeaux.
Cor violeta  não muito densa, exala aromas de framboesas. Lágrimas bem pronunciadas anunciando sua untuosidade.
No nariz exala aromas de framboesas maduras. 
Na boca revela ainda sabores de cerejas e groselhas. Acidez muito proeminente e o teor alcoolico de 13% é sentido, mas não predomina dando uma elegância ímpar ao Luc de Beaumont. 
Harmoniza muito bem as duas cepas equilibrando a tanicidade da Cabernet com a suavidade da Merlot. Um vinho encorpado, equilibrado e elegante. 
Um Bordeaux legítimo e competente.
Deixa um final duradouro.
Esta é a minha opinião.