sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

PEDRUCCI OCCASIONE

PEDRUCCI OCCASIONE
FlávioMPinto

Gilberto Pedrucci é um excelente produtor de vinhos da Serra gaúcha , um  pequeno produtor, mas tudo de excelente qualidade, justificando a pecha de que os pequenos produtores, no mundo vinícola, são os produtores dos grandes vinhos. Aqui também.
Esse exclusivo blend branco de Chardonnay e Sauvignon Blanc é a mostra.
De cor amarelo muito clara, mas com reflexos dourados, de cara apresenta aromas de flores silvestres e frutados cítricos. Com baixo teor alcoólico-11%- permite que, as principais características das uvas que o integram, se mostrem bem.
Na boca, sabores frutados de limões sicilianos, kiwis, limas, maças verdes e pão torrado.
Um belo acompanhamento de verão para pratos leves, saladas, peixes pouco temperados.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

OS ESPUMANTES BRASILEIROS

OS ESPUMANTES BRASILEIROS
FlávioMPinto
Os espumantes brasileiros foram descobertos pelo mundo!
A exposição e sucesso em inúmeros concursos e degustações internacionais, muitos ás cegas, levaram a comunidade internacional do vinho reconhecer as qualidades do espumante brasileiro. O mesmo não acontece aqui dentro, por causa do efeito vira lata, não reconhecendo mos nossos produtos e preferindo os estrangeiros.
Outro dia, estava num supermercado a uma quadra de onde moro, vi um casal encher o carrinho de compras com uma conhecida marca de  espumante estrangeiro. Perguntei se sabiam que o espumante número 1 do mundo , hoje, é brasileiro, custa menos da metade do preço desse que estão levando e está na frente de vocês? Rapidamente contei o sucesso do espumante Casa Perini Moscatel Brut no maior concurso de vinhos da Europa no ano passado. Com a surpresa e a informação, que desconheciam,  trocaram o espumante estrangeiro pelo nacional. Acredito que devam ter gostado, pois, pelo semblante, não entendiam muito de vinhos.
Muitos consumidores ainda não dão crédito aos vinhos nacionais, preferindo os caros e famosos, mas os espumantes brasileiros estão quebrando tabus em toda parte.
Credito esse sucesso a dois fatores primordiais: 1. a escolha da cepa Moscatto, ou Moscatel, para ser vinificada como a principal; e 2. a vinificação no estilo Brut, veio a dar o toque final.
É conhecida a doçura da Moscatel que, com o andar da degustação, tende a ficar enjoativa. O estilo Brut veio corrigir esse defeito, mantendo o líquido com suas características iniciais. Bingo!!
O resultado não poderia ser outro: tanto branco como rosé, o espumante Moscatel Brut, de qualquer vinícola gaúcha e brasileira, tem sucesso garantido. 
Á semelhança das francesas, já estão fazendo assemblages com outras cepas, como Pinot Noir, Moscatto Giallo, agregando novos aromas e sabores.
Esclarecimento: o teor de açúcar ditando o estilo( Doce, Sec, DemiSec, Brut, Extrabrut, Nature) é regulado pelo licor de expedição , que é feito com mesmo líquido original e aplicado na garrafa na última intervenção antes do arrolhamento.
Um outro aspecto agrega competitividade ao produto nacional é seu preço, abrindo mercados. 

Prestigiemos o vinho nacional!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

VIEJO FEO reserva 2019

VIEJO FEO reserva 2019
Flávio MPinto 
Um Carmenére chileno muito diferente.
Passou por Madeira e ganhou aromas e sabores muito distintos. Para os desavisados, passa por um Cabernet.
A Viña Tinajas, do Vale do Maule, nos brinda com um Carmenére com 13,4 por cento de álcool. 
Incrívelmente encorpado, reinando uma  harmonia entre os componentes de seu corpo. Sua passagem por madeira agregou predicados incomuns á Carmenére.
Um vinho para o diário, mas com atrativos extras. Como se fosse vestido de fraque para servir uma refeição singela. 
Aromas frutados e fumados se apresentam. Sabores inéditos de compotas de frutas negras.
Um vinho muito interessante, instigante por ser de uma cepa tranquila.

Deixa um final frutado e marcantemente longo.

DOMAINES DES BILLIARDS SAINT-AMOUR 2012

DOMAINES DES BILLIARDS SAINT-AMOUR 2012
Um espetacular vinho oriundo do Sul de Mâcon e norte de Crus de Beaujolais , tudo entre Beaune e Dijon no Vale do Rhône. 
Macio, harmônico, não deixa dúvidas de como foi feito. Elegante e demarcador de território com sua maciez.
Os 13 por cento de álcool não dominam o espetáculo, perfazendo uma harmonia ímpar com os outros aspectos do corpo.
Feito num terroir de 14 ha da família Billiards.
Os franceses não indicam as uvas nos seus vinhos. Quem indica é o terroir. Como é do Vale do Rhône, provavelmente tem a Syrah 
como a estrela.
Um belo vinho medianamente encorpado e frutado com cassis, amoras e framboesas se destacando.

Deixa um final longo.