quarta-feira, 29 de agosto de 2018

ALMADÉN VINHAS VELHAS TANNAT 2012


ALMADÉN VINHAS VELHAS TANNAT 2012
FlávioMPinto

É um vinho oriundo das mais antigas plantações de uvas finas do Brasil. Tinha de ser da Almadén, na Campanha gaúcha, origem dessa filosofia e modo de prestigiar a uva e o consumidor no Brasil. A Almadén sempre tratou o Brasil e os brasileiros consumidores com toda pompa e seus produtos eram reflexo disso. 
O Vinhas Velhas vai nessa direção: mostra um produto de confiança com qualidade, só sendo vinificado e  apresentado em safras muito especiais.
De cor violeta forte característica da cepa, exala aromas frutados de frutas vermelhas silvestres.
Untuosidade revelada nas lágrimas bem pronunciadas e marcantes, bem intenso. 
Na boca, sabores de frutas negras silvestres, ameixas e cerejas, um pouco de tabaco como resquício da madeira. Mesmo sendo um varietal é complexo de sabores.
Embora com 14% de teor alcoólico, este não passa ao conjunto, deixando-o bem elegante e harmonioso com os sabores, taninos e acidez. Esta o acredita como de boa vertente gastronômica.
É um produto antigo da nova Almadén, que já imprimiu sua marca nele.
Medianamente encorpado.
Deixa um final médio.

Esta é a minha opinião. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

ALMADÉN CABERNET SAUVIGNON 2018

FlávioMPinto

Um vinho jovem de consumo imediato como indica a tampa screw cap. Também não consta o terroir de onde saíram as uvas. Mau sinal. 
Não é um vinho de destaque, apesar da Almadén dar uma repaginada nos seus rótulos, como a se redimir dos desacertos em relação vinhos daquela marca, que já foi a mais reverenciada no ranking de vinhos nacionais. 
O Almadén Cabernet Sauvignon 2018 é um vinho para agradar paladares de iniciantes e/ou para aqueles que não exigem muito de um vinho.  
O rótulo deu ares de seriedade ao produto, mesmo não constando a origem das uvas, algo de muita importância. 
De cor púrpura bem forte, exala poucos aromas, não sendo, obviamente, aromático nem chamando a atenção ao ser desarrolhado. Lágrimas pouco consistentes. 
Na boca, ressalta-se a fermentação malolática que tirou potência da Cabernet Sauvignon, deixando palatável a quem pouco conhece de vinhos. 
Os 12% de teor alcoólico, confirmam a tese de tirar a força e potência desse vinho fazendo-o quase um vinho de mesa.
De corpo mediano, nada complexo e pouco deve ser exigido dele. Mas é um bom vinho. Dá para beber sem compromisso. Taninos pouco perceptíveis, quase escondidos, nada complexo.
Deixa um final curto.
Esta é a minha opinião.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A HONESTIDADE DO VINHO

A HONESTIDADE DO VINHO
FlávioMPinto

O mundo do vinho gira em torno da credibilidade e origem do produto. Não é á toa a palavra que mais gera confiança nesse meio é TERROIR.
Significa a origem atestada do produto como a garantia de qualidade. 
Significa uma área, pequena, com características climato-geológicas muito distintas e definidas, que , por seu turno, geram um produto muito singular e reconhecido.
Essa definição- terroir- foi feita por franceses para adequar sua produção ao terreno onde é produzido determinado vinho. 
Surgiram, a quase 1 século, as AOC-Appellation D’Origen Controlée, origem de seus mais dignificantes vinhos. Áreas pequenas onde se produzem  vinhos exclusivos e reconhecidos por sua qualidade vinculada ao terreno onde são produzidos. Constituem padrões de vinhos e não marcas, cercados de procedimentos obrigatórios. Por exemplo, numa área de 3200 hectares no Vale do Rhône nas cercanias de Châteuneuf-du-Pape são produzidos mais de 100 tipos de vinhos Châteuneuf-du-Pape, dentro da especificação de serem feitos com três uvas obrigatórias- Carignan, Mourvédre e Grenache, mais 10 a critério do produtor. Tudo obrigatoriamenhte perfazendo um mix de treze uvas tintas. 
Então, e por consequência, o terreno identifica e permite que o vinho seja chamado por seu nome e não o da uva.
  • “Quero um Pomerol, pede um francês num restaurante” e não um Merlot. Pomerol é uma região da margem direita do rio Dordogne, em Bordeaux,  que produz vinhos feitos á base da uva Merlot de forma muito exclusiva.
O terroir de um dos vinhos mais caros do planeta- o Romanée Conti- na Borgonha, tem apenas 2,6 hectares e custa mais de 10 mil dólares a garrafa!
Os franceses da Borgonha criaram mais um padrão acima do terroir: o CLIMAT, que engloba o modo de produzir o vinho e já temos crescimento muito grande dos vinhos orgânicos e os biodinâmicos , incontestes acompanhadores da projeção da proteção ambiental e animal.
Agrega-se a essas distinções a fase final da produção, e nos rótulos franceses, consta MIS IN BOUTEILLE. Sim, engarrafado na origem, ou seja, o processo todo se dá dentro do terroir!
Os rótulos dos vinhos distintos são assim: o respeito ao consumidor apresentando um produto garantido com confiabilidade e confiança no terroir onde foi gerado, tudo em nome da qualidade e respeito ao consumidor!
Não sei quando teremos no Brasil essa mentalidade.

In Vino Veritas!

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ALABASTRO RESERVA 2014

ALABASTRO RESERVA 2014
FlávioMPinto
Um vinho bem português, com certeza. Com uvas autóctones lusas como Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet, todas cultivadas no Alentejo.
A Aragonez também é conhecida em Portugal como Tinta Roriz e na Espanha é a Tempranillo, uva mítica espanhola. 
De cor forte, escura e aromas marcantes de couros e frutas negras. 
Na boca, os aromas se revelam em frutados de ameixas negras, cerejas bem maduras, tabaco.
Bem encorpado e com 14% de álcool, fica levemente alcoólico, mas faz boa harmonia com os taninos presentes e  os sabores.
Obviamente é complexo e também elegante!
Deixa um final longo e marcante.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

FLÁVIO MPINTO LA ROSA MERLOT ROSE 2017

FLÁVIO MPINTO LA ROSA MERLOT ROSE 2017
FlávioMPinto
Uma criação inusitada da Bodega 636, pequena vinícola de Rivera-Uruguai, bem na linha divisória com o Brasil. 
A Merlot ficou pouco tempo em contato com as cascas e gerou essa cor salmão belíssima. 
Thiago Gutierrez, o enólogo, foi muito feliz nesta criação.
Gerou um vinho atípico da cepa, um teor alcoólico baixo 12%, bem de acordo com os vinhos rosées, mas ele é oriundo de um tinto, e carrega a personalidade dos rosées!
Um vinho bem aromático que agrada muito, por sua acidez, frescura, sendo um belo par para pratos leves do verão.
Leve, corpo delicado, nada enjoativo, aromas de flores silvestres e com uma mineralidade presente.
Não se nota a presença da Merlot tinta, mesmo  apresentando uma tanicidade muito leve. 
O teor alcoólico de 12% dá um toque especial ao La Rosa. 

Esta é a minha opinião.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

REY DE COPAS TEMPRANILLO 2015

REY DE COPAS TEMPRANILLO 2015
FlávioMPinto

Vinho espanhol da uva mais emblemática daquele país: a Tempranillo.
Bem aromática, de cor violeta e aromas também de violetas suaves.
De cor violeta pouco intensa, pouco aromático, não gerando expectativas no seu bouquet.
Na boca se revela, apresentando sabores de baunilhas indicando sua passagem por barricas de carvalho.
Pouco alcoólico-12%- e pouco tânico. Um vinho bem suave e fácil de degustar. 
Também apresenta acidez média, não revelando sua faceta gastronômica. 
Medianamente encorpado . Essa é a personalidade do Rey de Copas- um vinho ameno, não agressivo, agradável de degustar, sem maiores problemas e conhecimentos. 
Deixa um final curto.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

LE BATELEUR TANNAT ROSE 2017

LE BATELEUR TANNAT ROSE 2017
FlávioMPinto

LE BATELEUR-o Mago-  é uma carta do Tarot que dá início á caminhada espiritual. Representa o poder da mente em direcionar um projeto com maestria. Além de reunir criatividade, espontaneidade e naturalidade, retrata a pura concentração de esforços e conhecimentos, capaz de lhe proporcionar um repleto leque de sensações.
Um Tannat jovem vinificado em rosé da Casa Venturini, de Flores da Cunha. Um trabalho diferenciado do enólogo da Casa Goes & Venturini. 
Perfumado, aromas minerais e flores silvestres aos borbotões quando se destampa a rolha de rosca. 
Cor rosa/salmão muito bonita e chamativa.
Na boca, é muito fresco e frutado. Com 12,2% de teor alcoólico é muito agradável de degustar. Não é enjoativo no final, mas não preserva as principais qualidades da uva origem, como potência e taninos bem presentes. Afinal é um rosé e apresenta personalidade de vinhos desse tipo como leveza, mineralidade e frutado de frutas frescas.
Combina, evidentemente, com pratos leves em momentos descontraídos. 
Deixa um final frutado.

Esta é a minha opinião.