sábado, 30 de março de 2019

SÃO MIGUEL DO SUL

FlávioMPinto

Um vinho português competente, com certeza.
Não é conhecido, mas a Touriga Nacional, do Alentejo, faz dele um produto de destaque das terras lusitanas.
De cor púrpura bem escura, com aromas fortes de frutas negras bem maduras, revela a personalidade desta cepa portuguesa.
Não é safrado, como grande parte dos vinhos lusos, mas é de confiança, pois é muito bem vinificado, uma tradição lusa. Mesmo simples, apresenta traços de um grande vinho. Os portugueses são campeões em fazer assemblages e cuvées. Estes, são vinhos da mesma uva, mas de safras distintas.
Leve, medianamente encorpado, é muito agradável de degustar.
Revela a capacidade e caráter dos portugueses em produção de vinhos para todos paladares. Não é á toa que vinificam todas as mais de 300 castas que florescem no seu solo.
Um bom vinho, nada sofisticado, mas competente.

Esta é a minha opinião.

LA LINDA CABERNET SAUVIGNON 2013

FlávioMPinto

Sua origem já indica um vinho de destaque: Luigi Bosca, um dos grandes argentinos na batuta.
O La Linda se apresenta numa cor púrpura muito agradável e liberando aromas de framboesas maduras.
Na boca se mostra cálido e amigável, fácil de gostar.
Medianamente encorpado, muito elegante com o equilíbrio entre os aspectos organolépticos que o compõem. 
Acidez adequada, teor de álcool de 13% e taninos presentes formam um bom time de ataque ás papilas gustativas.
Um grande produto de um enólogo competetnte.
Deixa umm final consistente.
Esta é a minha opinião.


MAPU CABERNET SAUVIGNON 2012

FlávioMPinto

Um vinho muito interessante da filial sulamericana da Baron Phillippe de Rothschild francesa a mais aristocrática vinícola do mundo.
Encontraram no Chile o terroir ideal para produção de seus vinhos.
De cor púrpura bem definida, aromas de frutas vermelhas maduras, vai o MAPU espalhando sua elegância.
Na boca, seus 13% de álcool fazem uma parceria muito elegante com a acidez e a quantidade de aromas frutados e taninos bem pronunciados.
Bem encorpado, destaca-se por seu equilíbrio entre os fatores que o integram. 
Não renega a sua origem de uma família bem comportada, competente, e influente no cenário vitivinícola mundial. 
Não é um vinho comum e se destina aos que exigem um pouco mais substância nos líquidos de Baco que desfrutam e apreciam.
Um vinho de guarda.
Deixa um final longo e prazeroso.

Esta é a minha opinião

quarta-feira, 13 de março de 2019

CAVA HERETAT SABARTÉS NATURE

FlávioMPinto

A Cava da Catalunha foi feita para apresentar uma alternativa ao Champagne pelos catalães.
Com uvas autóctones, de cor amarelo-ouro brilhante, de aromas cítricos agridoces. Seu sabor é bem distinto daquele néctar francês, mas não deixa de possuir seus atrativos quer sejam em aromas ou sabores. 
As primeiras mostras gustativas não apresentam, na minha opinião, a delicadeza da Chardonnay ou Pinot Noir, mas sim um vinho mais untuoso, mastigável.
Sua doçura está no limite de uma acidez pronunciada e produtos salgados de armazéns. É um agridoce diferente, mas agradável. 
A perlage é bem viva e fugaz.
O teor alcoólico de 12% forma um bom conjunto, elegante, por sinal, com a acidez pronunciada e o mix de sabores exóticos de frutas pouco maduras e amarelas também ainda meio verdes. 
É a Cava, um espumante bem catalão.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 11 de março de 2019

ESPUMANTE MIOLO CUVÉE TRADITION

FlávioMPinto

Um espetacular espumante feito á moda tradicional-champenoise- com a segunda fermentação na própria garrafa.
De cor salmão claro com aromas frutados cítricos e perlage forte e bem viva, foi produzido pelo Méthode Tradicionelle francês.
Seus 12,5% de alcool compõem um conjunto elegante com uma acidez muito boa e  sabores complexos de frutas cítricas compotadas como abacaxis, maças e pêras.
Por ter na sua composição Pinot Noir e Chardonnay,  trás importantes aromas e sabores dessas cepas. Pão torrado, limões sicilianos, lixias, pêssegos, acompanham os aromas primários e outros surgidos na segunda fermentação.
Um espumante digno da maior tradição da região mais produtora de espumantes do Brasil.
Um espumante delicado, sedutor, aprazível, muito distinto e orgulho do Rio Grande.
Vê-se o porquê do destaque dos espumantes brasileiros nas degustações e concursos mundo afora.  

Esta á a minha opinião.          

quarta-feira, 6 de março de 2019

CASILLERO DEL DIABLO DEVIL’S COLLECTION 2015

FlávioMPinto

Já havia degustado e apresentado minhas considerações sobre esse vinho a um tempo atrás e surgiu mais uma oportunidade de degustar esse ícone da Concha Y Toro. 
A chilena Concha Y Toro é uma das maiores vinícolas do mundo. Não só produz uma gama imensa de vinhos no Chile, mas também na Argentina e California-EUA. Atua em mercados globalmente com produtos de qualidade inquestionável.
Acompanhada por uma política governamental perfeitamente sintonizada com seus objetivos, fez do Chile, uma área profícua para o plantio de videiras e vinificação.
Esse Casillero del Diablo Devil’s Collection tinto vai na direção da perfeição. 
Um vinho de cor púrpura intensa, exalando aromas frutados de framboesas e cerejas.
Apresenta lágrimas parcimoniosas informando sua untuosidade.
Na boca, seus 13,5% de álcool ombreiam com a acidez , os taninos presentes e os sabores complexos de morangos frescos, cerejas maduras, é de uma aristocracia ímpar.
A Concha Y Toro revelou a qualidade de seu terroir e de seus enólogos nesse vinho de concepção impecável.
Redondo, harmônico, elegante, todas as características presentes nos grandes vinhos se mostram no Devil’s Collection tinto. 
O blend de uvas tintas não dá espaço a qualquer manifestação contrária em seu corpo.
Um vinho de personalidade marcante, uma textura formidável. De excelente custo-benefício. 
De longe é o melhor vinho das Américas.
Deixa um final longo e prazweroso.

Esta é a minha opinião.

sábado, 2 de março de 2019

COMTE AQUITAINE MERLOT 2016

COMTE AQUITAINE MERLOT 2016
FlávioMPinto

Um vinho bem francês.
A Merlot é a estrela dos vinhos da margem direita do Dordogne. Os grandes vinhos de lá são dessa cepa.
De cor púrpura forte, aromas frutados de frutas vermelhas e pretas surgem.
Na boca, se agigantam groselhas, cerejas  e ameixas pretas.
Se teor alcoólico de 13% não se faz presente no blend fazendo uma boa união com os taninos e acidez.
É um vinho simples, de origem francesa, mas deixa uma aura de aristocracia por sua complexidade.
Da história, sabemos que os vinhos franceses de Bordeaux alcançaram enorme sucesso  comercial após a união do rei inglês Henri II com a francesa Eleanor D ‘ Aquitaine.
Deixa um final longo e prazeroso.

Esta é a minha opinião.

SANTA COLINA PINOT NOIR 2016

FlávioMPinto

A Vinicola Santa Colina, de Palomas-Livramento, na Campanha gaúcha, se arrisca na produção de um vinho com uma cepa delicada e difícil: a Pinot Noir.
O terroir que apresentou ao mercado brasileiro os vinhos finos, nos brinda com esse vinho delicado e competente.
É oriundo de um dos terroirs descobertos a pouco mais de 40 anos na fronteira gaúcha e que mostrou ao mundo  a capacidade vinícola daquela região.
De cor rubi clara, poucos aromas de frutas vermelhas e flores silvestres.
Na boca, seus 12% de álcool combinando com a boa acidez, temos um vinho elegante.
Pode ser encontrado na maioria dos pontos de venda, facilmente. De excelente custo-benefício.
Deixa um final curto.

Esta é a minha opinião.

APALTAGUA PINOT NOIR 2017

APALTAGUA PINOT NOIR 2017
FlávioMPinto

Um tinto chileno muito delicado.
De cor rubi suave, com boa transparência.
Aromas leves de framboesas.
Na boca, poucos taninos, acidez adequada e teor de álcool sob medida que o deixa com certa elegância.
Os chilenos, ao diversificarem sua produção, investindo conhecimento em cepas diferentes das usuais, conseguiram acertar a mão na Pinot Noir. E fizeram um belo vinho descobrindo nos seus vales terroirs interessantíssimos.
Delicado, floral, acompanha pratos leves com galhardia.
Deixa um final curto mas agradável.
Esta é a minha opinião.

CHAMPAGNE

CHAMPAGNE
FlávioMPinto

Região situada a nordeste de Paris- França,  produtora do líquido mais desejado do universo vitivinícola: o Champagne.
Colinas a perder de vista abrigando parreirais de Chardonnay, Pinot Meunier e parcelas significativas de Pinot Noir, uvas usadas na confecção dos melhores champanhes do mundo. Moet Chandon, Veuvet Cliquot, Roederer, Taittinger, Gosset, Cristal, Joseph Drouhin, Nicolas Feuillate, Bollinger, Pol Roger, Krug, Deutz, Don Pérignon, são marcas reconhecidas e emblemáticas no mundo do líquido explosivo descoberto por Don Pérignon e seus parceiros monges cistercienses. Eu, particularmente penso que eles mais bebiam do que rezavam kkkkk. E nos legaram a bebida dos reis.
A topografia suave do nordeste da França sempre foi caminho de passagem de guerreiros em todas as guerras  de conquistas envolvendo godos, visigodos, outros bárbaros, ingleses e franceses, até as duas grandes guerras mundiais com o advento da blitzkrieg alemã. O solo da Borgonha foi irrigado com o sangue de milhões de soldados e civis, talvez como que querendo recompensar ali surgiu o espumante ideal para alegria e para tristeza. 
A produção, de gerações em gerações, séculos após séculos, de milhões de litros, foi conseguida através do domínio completo das soluções ás intempéries, que dificultam o plantio , floração e amadurecimento das videiras. Toda safra pode ser corrigida tecnicamente buscando-se um padrão ideal. 
Todas as fases foram perfeitamente dominadas permitindo a produção continuada com uma qualidade, que não se permite diferenças brutais entre as seguidas safras, com alta produção qualidade.  Calor excessivo, frio, chuvas torrenciais, e sua falta, nada passa do controle dos produtores borgonheses, com técnicas modernas que evoluem com as gerações familiares como o amadurecimento em caves  seculares em todo subsolo da Reims, Vernay, Ay e outras cidades.  
Essa dedicação exclusiva permitiu que os produtores, a um século, colocassem um nome próprio á bebida que produziam: Champagne. Foi uma das primeiras distinções especiais no mundo dos vinhos. Um nome especial a um produto especial!
Napoleão, na sua sabedoria,  assim se referiu ao Champagne-“Nas vitórias é merecido e nas derrotas , necessário”.

Atualmente, o destaque nessa área é o Brasil com seus espumantes. Eles já fazem frente aos melhores franceses, e os vencem, em inúmeros concursos e degustações internacionais. Esse boom dos espumantes brasileiros, na minha visão, se deu pelo uso uva Moscatel/Moscatto Giallo, feita no estilo Brut, tanto rosés como brancas. O adocicado foi dominado preservando-se o frescor , a acidez e a delicadeza da fruta combinando com um grau de teor alcoólico ideal que não deixa, o liquido da taça, perder fôlego. 
Um dos melhores terroirs para produção de uvas brancas, um dos últimos descobertos, fica na região da Campanha gaúcha com suas colinas e clima frio, que fazem lembrar a região da Champagne francesa,  se bem que, a capital brasileira dos espumantes é Garibaldi, que produz a única bebida produzida fora da região da Champagne, que pode ser chamada de Champagne!

Saúde!!!