sexta-feira, 8 de novembro de 2019

OREMUS TOKAJI DRY MANDOLAS 2007

FlávioMPinto

Os Tokaji húngaros são parte da elite dos vinhos brancos mundiais. 
Feitos com a autóctone uva húngara Furmint.
Um vinho longevo, característica inexistente no rol de vinhos brasileiros. Pelo menos até agora.
De cor amarelada bem viva, exala aromas com toques de conhaques e flores silvestres.
Seus 13% de álcool aparecem na boca com muita mineralidade. Maças verdes, damascos , figos e abóboras em calda,  nozes, alcaçuz, reforçam sua complexidade.
Mesmo com sua idade, não apresenta resíduos permanecendo limpo e transparente. 

Um vinho para quem aprecia raridades.  Não é para iniciantes.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

SANTA CAROLINA CABERNET SAUVIGNON CARMENÉRE RESERVADO 2018

 
FlávioMPinto
Mais um vinho tinto da competente chilena Santa Carolina.
A potência da Cabernet Sauvignon em um blend com a suavidade da Carmenére.
Cor púrpura forte exala aromas de frutas silvestres, como amoras frescas, e caldo de ameixas.  Segue a linha de competência das vinícolas chilenas.
Seus aromas primários nos remetem a um vinho intenso.
Na boca, a complexidade se faz nos sabores cálidos de morangos maduros, chocolates e frutas vermelhas silvestres.
Tem um teor alcoólico baixo - 13%, mas que não quebra o corpo harmônico integrado por taninos suaves e boa acidez nem sua boa estrutura. 
A Carmenére já está substituindo a Merlot em muitos blends chilenos com sucesso.
Encorpado e com boa acidez, nos remete a um potencial gastronômico excelente.
Um vinho que trás qualidade e refinamento ao grupo de seus parceiros do dia a dia.
Deixa um final longo e competente.
Esta é a minha opinião. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

ALMAVIVA 2006

ALMAVIVA 2006
FlavioMPinto
É o ícone da chilena Concha y Toro.
Um blend de Cabernet Sauvignon, Merlot, Carmenére e Cabernet Franc com uvas do Vale do Maipo.
Um vinho de guarda inédito no hemisfério Sul. Faz parte do time de vinhos sulamericanos mais caros e longevos por sua qualidade reconhecida.
Foi feito em uma parceria da Baron Phillippe de Rothschild francesa, uma das mais aristocráticas e tradicionais produtoras de vinho no mundo,  com a Concha Y Toro. No Chile, claro.
Um vinho para quem conhece o riscado.
Deve ser decantado, 1h a 1h e 30 o suficiente, para oxigenar-se e transformar-se num ícone da vitivinicultura sul-americana e  mundial.
Sua cor púrpura clara engana quem não conhece vinhos longevos, achando-o meio ralo á primeira vista, mas a liberação de seus aromas frutados indica o que vem a seguir.
De cara aromas primários de baunilhas, chocolate quente, frutas vermelhas de bosques compotadas.  
Na boca, seus 14,5% de álcool, já consumidos pela idade, se integram na estrutura e no corpo harmônico com os taninos suaves e um pouco aveludados.
A complexidade surge logo com sabores de chocolates, morangos, toques de hortelãs e mentas, frutas silvestres compotadas, num festival de sabores campestres como amoras.
Encorpado, demarca fortemente seu território com sua personalidade marcante, afinal é um aristocrático Baron Phillippe de Rothschild sem tirar nem pôr.  Mas também é muito elegante e delicado, para não dizer aristocrático e imponente na sua estrutura.  
A Concha Y Toro também deixa seu forte recado no blend com a Carmenére, uva emblemática chilena.
Considero-o o melhor vinho americano e um dos mais marcantes do universo vitivinícola mundial. É esse o nível que a indústria chilena de vinhos chegou com competente planejamento, visão estratégica longa e seriedade.
Um excepcional vinho de guarda que deixa um final longo e delicado.

Esta é a minha opinião. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

CHÂTEAU LES GABRIAUX 2010

CHÂTEAU LES GABRIAUX 2010
FlávioMPinto

Um vinho francês muito definido. 
Perfumadissímo, com aromas fortes de groselhas. Certamente um blend de Cabernet Franc com Merlot, com preponderância da Cabernet.
Um vinho no auge.
De cor púrpura forte.
Na boca, ressaltam-se as groselhas, mas aparecem , também, baunilhas e um toque apimentado.
Os 13% de álcool se fazem presentes, é encorpado e harmônico não se desfazendo dos taninos.
Como cacife tem a medalha de prata no Chalenge International em Viena Austria/20111.
Deixa um final alcoólico e frutado.

Esta é a minha opinião.

sábado, 5 de outubro de 2019

PUNTO FINAL MLB MALBEC 2018

FlávioMPinto

Conceituar um Malbec de Mendoza de uma vinícola ímpar- Renacer- é fácil.
A cor púrpura brilhante é o cartão de visitas. De cara, aromas de frutas compotadas. Suave, agradável, um vinho que mostra porque a Malbec gostou tanto da Argentina e no terroir de Mendoza.
Sabores de morangos e pitadas de frutas negras silvestres integram o corpo harmonizando-se com o álcool e os taninos levemente pronunciados.
O lado gastronômico é ressaltado pela boa acidez sendo uma belo par para carnes assadas, cozidas e massas com bons temperos.
É um vinho medianamente encorpado  para um acompanhamento diário de qualidade.
Deixa um final longo, agradável e marcante.

Esta é a minha opinião.

LOS RISCOS PINOT NOIR 2018

FlávioMPinto

O Chile cada vez mais se revela um forte receptor das mais variadas cepas.
Todas parecem que se aclimataram bem naquelas terras andinas e encontraram, cada uma, seu terroir e chão. 
O clima andino misturado com a altitude e a proximidade do mar confere terroirs diferentes, exóticos e muito competentes.
Daí surgem vinificações oriundas de cepas cultivadas com zêlo e planejamento resultando em vinhos  de sucesso. Inúmeros vales já são comparados com os franceses do Médoc, tal sua produção de vinhos sofisticados.
Com a Pinot Noir não seria diferente. Uva delicada de cascas finas, de cultivo também delicado no manejo.
A garrafa ao ser destampada exala aromas de flores silvestres misturados com framboesas. 
Na boca, seus 13% de álcool não se fazem presentes, deixando o corpo harmônico e leve do Riscos 2018 muito distinto. 
É um Pinot Noir da melhor cepa.

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

TERROIR

TERROIR
FlávioMPinto

Ainda não entendi o porquê, da recalcitrância da indústria de vinhos do Brasil,  em não nomear o terroir das uvas nos rótulos das suas garrafas de vinhos e espumantes, corretamente.
O terroir é algo muito importante para o culto ao vinho e reverenciado em todo canto onde se planta e vinifica os frutos de uma videira. Muitos vinhos levam o nome do terroir.
Ele carrega toda tradição e história do lugar,  que muitas vezes dá ao vinho, credibilidade e confiança. 
Sabemos que ainda não temos estórias consistentes como em outros países, mas temos de começar a coletar. Também sabemos que muitas vinícolas gaúchas trazem suas uvas de outras regiões, de outros terroirs, vinificam na sua sede  e informam que o vinho, enganosamente foi produzido nas suas terras. Na realidade nas suas terras, na sede da vinícola, foi realizado o trabalho dos enólogos para transformar o liquido original em vinho de qualidade e seu engarrafamento. Por isso, os franceses colocam, nos rótulos de suas garrafas, a expressão MIS EN BOUTEILLE, que significa engarrafado na origem, no terroir dando credibilidade ímpar ao produto.
O terroir está intimamente ligado á terra, ao clima e aos parreirais e não á vinificação.
São regiões pequenas, áreas reduzidas que podem ter um microclima e geologia ímpares e únicos. O terroir do Romanée Conti, por exemplo, um Pinot Noir da Borgonha, que chega custar 10 mil dólares a garrafa, tem apenas dois hectares e meio!
No meio vitivinícola diz-se que o vinho fala!
Sim, na realidade é a voz do terroir em cada aroma ou sabor, que dizem de onde vem, clima frio ou quente, do hemisfério norte ou sul, se passou por correção em madeira, informa sobre o teor alcoólico, aromas, sabores, acidez e docilidade da uva /vinho. Nos diz todas as suas características. 
Podemos, também, viajar no tempo ao imaginarmos a época que o vinho foi vinificado e suas uvas plantadas/colhidas. Daí vem a história ligada as estórias do vinho!

NACIDO E CREADO EN MENDOZA 2018

FlávioMPinto

Um Malbec para ninguém colocar defeito: aquerenciado na Argentina no terroir de Mendoza, no sopé dos Andes argentinos. 
Púrpura clara, aromas de framboesas, agradam de saída.
Na boca, cálido, agradável de degustar, taninos suaves, bem encorpado, boa acidez, equilibrado em todos os aspectos do corpo.
Sabores de morangos e cerejas suaves. 
Teor alcoolico de 13% agrada.
Deixa um final frutado e duradouro.
Esta é a minha opinião.


CORAGEM 2016

CORAGEM 2016
FlávioMPinto

Um vinho tinto português competente como todos os vinhos lusitanos.
Escuro, púrpura forte e quase impenetrável.
Um blend de Jaen, Touringa Nacional e Tinta Miúda, uvas autóctones  lusas da região de Lisboa.  Um belo blend como só os portugueses sabem fazer.
Aromas de frutas frescas desprendem logo que a garrafa é destampada. 
Na boca, cerejas, morangos e outras frutas negras silvestres se apresentam.
Não é preciso coragem para degustá-lo e sim muito respeito para entendê-lo, que não é difícil, pois é fácil de decifrar seus aromas e sabores.
Um vinho encantador na sua simplicidade e honestidade. 
O teor alcoolico de 13,5 % não se apresenta no corpo, revelando a harmonia entre os aspectos constituinte, não deixando de ser encorpado com caninos presentes levemente, dando ar de sua graça.
Deixa um final competente, longo e duradouro frutado.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

CASA SILVA 3 CEPAS RESERVA 2018

CASA SILVA 3 CEPAS RESERVA 2018
FlávioMPinto

Um excelente assemblage da chilena Casa Silva.
Cabernet Sauvignon, Carmenére e Syrah compõem o blend  harmonicamente.
De cor púrpura forte, aromas de amoras frescas saem aos borbotões . 
Na boca reafirmam-se os aromas transformados em sabores diversos, revelando sua complexidade.
Muito elegante. O teor alcoólico de 14% não passa ao conjunto, que permanece harmônico.
Muito agradável, desce bem, facilmente.
Agradavelmente encorpado. Sem arestas.
As três uvas combinaram magistralmente. Um verdadeiro Gol de placa dos enólogos da Casa Silva, que se coloca na linha de frente dos muito bons vinhos chilenos, mas de preço muito acessível.
Deixa uma final agradável e longo.

Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

CHÂTEAU ROQUEFORT CUVÉE 2016

FlávioMPinto

Um francês de Bordeaux bem típico.
Merlots de diversas safras numa simbiose como só os produtores de Entre-Deux-Mers conseguem fazer. 
Um cuvée exemplar.
De cor púrpura bem distinta, exalando aromas de baunilhas e frutas vermelhas maduras.
Na boca, baunilhas,  framboesas, morangos e uma pitada de chocolates.
Seu teor alcoólico de 13,5% compõe o corpo com maestria. 
Muito elegante e complexo.
Medianamente encorpado  é suave, revelando a origem de suas cepas.
Deixa um final frutado e elegante.

Esta é a minha opinião.

terça-feira, 9 de julho de 2019

RAMON BILBAO Crianza 2016


Flávio MPinto
Um clássico Tempranillo da Rioja.
Com lágrimas bem definidas.
Forte, perfumado, intenso com a cor púrpura se destacando. Aromas frutados de baunilhas e framboesas, além de tabacos selando sua passagem por Madeira. O estilo Crianza indica.
Bem alcoólico com 14% nos indicando uma vertente de guarda.
Muito elegante e equilibrado, com a harmonia entre as partes constituintes de seu corpo sem destaque. Encorpado.
Deixa um final marcante, frutado e longo.
Esta é a minha opinião.


PRETIOSA ALBANELLO IGT Terre Siciliane

FlávioMPinto

Mais um vinho italiano diferenciado.  Um branco de Siracusa barricado.
De cor amarelo claro, brilhante com reflexos dourados.
Aromas cítricos fortes.
Na boca, é complexo com inúmeros sabores aflorando. Frutas amarelas, lixas maduras e pêssegos também bem maduros e frutas citricas cristalizadas.
É um blend de Albanello, uva autóctone da região e Moscatto, muito conhecida e vinificada nas colônias italianas, particularmente no Brasil, com sucesso.
Não safrado, mas é bem fresco e delicado.
Suave, perfumado e aromático.
Teor alcoólico distinto da maioria dos brancos com 13,5%.

Esta é a minha opinião.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Chateaux Le Cossu Graves 2013

Chateaux Le Cossu Graves 2013

Mais um belo vinho francês da região de Graves, uma distinção dada a uma pequena região junto das cidade de Boerdeaux,  que se separou da AOC Pessac Leognan, para dar maior destaque a seus vinhos.
Um clássico Merlot do Medoc com sua reconhecida suavidade e personalidade marcante.
Perfumado, cor púrpura , intenso, com aromas bem distintos de frutas vermelhas ainda pouco amadurecidas.
Na boca é equilibrado e elegante com harmonia entre os fatores que compõem um grande vinho.
Um sabor de cítricos , como de laranjas, deixa uma marca indelével junto com morangos e cerejas, e ainda um toque de violetas reforçando sua complexidade.
Seus 12,5% de álcool não perturbam nem fazem mossa no seu corpo delicado e marcante. 
Deixa um final forte e frutado.

Esta é a minha opinião.

LES ORMES DE CAMBRAS 2018


Flávio MPinto
Um francês tinto vinificado em rosé com maestria.
Belíssima cor salmão, aromático com aromas cítricos ao ser destampado.
É feito com a cepa Grenache, do Pays D’Oc, é da IGP dessa região.
Rosé claro, aromas de frutas vermelhas silvestres bem frescas como cerejas e cassis.
Um tinto que assumiu a personalidade de um rosé com tudo que tem direito.
Os 12% de teor alcoólico dão um ar elegante ao corpo.
Acidez pronunciada.
Esta é a minha opinião.

LES BUISSERONS 2017


Flávio MPinto
Um francês da Côtes du Rhône, da Famille Richard.
Da Appellation d’Origen controllée Côtes du Rhône Protege, uma nova categoria criada pelos franceses para prestigiar seus vinhos.
De cor violeta suave, lágrimas parcimoniosas.
Feito com as mais prestigiadas cepas da região as tintas Grenache, Carignan, Mourvédre e Syrah, as mesmas bases do prestigiado Châteuneuf du Pape.
Um vinho muito rRepresentativo da região.
Elegante, harmônico, equilibrado, os seus 15% de teor alcoólico não passam ao conjunto, mas lhe dá um grande potencial de guarda.
Deixa um final poderoso, frutado e longo.
Esta é a minha opinião.

PUERTA VIEJA Crianza 2015

PUERTA VIEJA Crianza 2015
Flávio MPinto
Um excelente vinho espanhol com aromas bem rápidos de framboesas, cor violeta suave.
É da região da Rioja, um blend com uvas autóctones de Mazuelo, Tempranillo e Graciano. Tempranillo é a Aragonez portuguesa.
Com 14% de álcool é muito elegante, levemente encorpado, pouco tãnico, embora frutado.
Muito equilibrado e harmônico.
Bem marcante sua personalidade demarcando território. Com certeza a passagem por Madeira, o modo Crianza indica, construiu esse quadro.
Deixa um final frutado e longo.
Essa é a minha opinião.

RAMON BILBAO Crianza 2016


Flávio MPinto
Um clássico Tempranillo da Rioja.
Com lágrimas bem definidas.
Forte, perfumado, intenso com a cor púrpura se destacando. Aromas frutados de baunilhas e framboesas, além de tabacos selando sua passagem por Madeira. O estilo Crianza indica.
Bem alcoólico com 14% nos indicando uma vertente de guarda.
Muito elegante e equilibrado, com a harmonia entre as partes constituintes de seu corpo sem destaque. Encorpado.
Deixa um final marcante, frutado e longo.
Esta é a minha opinião.

terça-feira, 2 de julho de 2019

CHÂTEAU PAPE CLEMENT rouge 2016

CHÂTEAU PAPE CLEMENT rouge 2016
Flávio MPinto
Não é qualquer hora nem para qualquer pessoa, degustar um vinho pontuado com 100 pontos em 100 por Robert Parker. Ainda mais em seu terroir, no château em Pessac Leognan/ Bordeaux. Na toca do leão.
Um castelo medieval belíssimo  me recebeu com tudo que tinha direito e me emocionei diante de tanta bondade, beleza e satisfação. 
Minha filha e meu genro, junto com meu netinho, me proporcionaram tamanha satisfação e regozijo. Estava diante de um dos maiores ícones do mundo dos vinhos: o Château Pape Clement 2016, em blend de Merlot e Cabernet Sauvignon, distintíssimo. Estava diante de mais de 500 anos de história numa garrafa de vinho. Templários, Bertrand de Got, que foi o papa Clemente V, Felipe II, Jacques de Mollay, a maçonaria, a Igreja, Alienor D'Aquitaine, Henri II, a Inglaterra. 
Um vinho de cor púrpura profunda, sério, exuberante,  exalando aromas de frutas vermelhas selvagens, como amoras.
Na boca, continuava a exigir todo respeito a sua elegância e equilíbrio entre os componentes do seu corpo, medianamente encorpado.
Delicado, aristocrático, fino, conservador, um verdadeiro senhor jovem, mas com lastro na realeza francesa e na história.
Sabores de frutas vermelhas e negras se misturam numa complexidade ímpar.
O teor alcoólico passa despercebido, apenas contribuindo para sua guarda.
Um excepcional vinho com tudo no lugar.
Deixa um final saudoso e frutado.

Na degustação vi algumas pessoas desconhecendo o que degustavam jogar fora no cuspidor e exclamei com o apresentador:- C’est un damage! e ele concordou com um sorriso.
Esta é a minha opinião!

sábado, 30 de março de 2019

SÃO MIGUEL DO SUL

FlávioMPinto

Um vinho português competente, com certeza.
Não é conhecido, mas a Touriga Nacional, do Alentejo, faz dele um produto de destaque das terras lusitanas.
De cor púrpura bem escura, com aromas fortes de frutas negras bem maduras, revela a personalidade desta cepa portuguesa.
Não é safrado, como grande parte dos vinhos lusos, mas é de confiança, pois é muito bem vinificado, uma tradição lusa. Mesmo simples, apresenta traços de um grande vinho. Os portugueses são campeões em fazer assemblages e cuvées. Estes, são vinhos da mesma uva, mas de safras distintas.
Leve, medianamente encorpado, é muito agradável de degustar.
Revela a capacidade e caráter dos portugueses em produção de vinhos para todos paladares. Não é á toa que vinificam todas as mais de 300 castas que florescem no seu solo.
Um bom vinho, nada sofisticado, mas competente.

Esta é a minha opinião.

LA LINDA CABERNET SAUVIGNON 2013

FlávioMPinto

Sua origem já indica um vinho de destaque: Luigi Bosca, um dos grandes argentinos na batuta.
O La Linda se apresenta numa cor púrpura muito agradável e liberando aromas de framboesas maduras.
Na boca se mostra cálido e amigável, fácil de gostar.
Medianamente encorpado, muito elegante com o equilíbrio entre os aspectos organolépticos que o compõem. 
Acidez adequada, teor de álcool de 13% e taninos presentes formam um bom time de ataque ás papilas gustativas.
Um grande produto de um enólogo competetnte.
Deixa umm final consistente.
Esta é a minha opinião.


MAPU CABERNET SAUVIGNON 2012

FlávioMPinto

Um vinho muito interessante da filial sulamericana da Baron Phillippe de Rothschild francesa a mais aristocrática vinícola do mundo.
Encontraram no Chile o terroir ideal para produção de seus vinhos.
De cor púrpura bem definida, aromas de frutas vermelhas maduras, vai o MAPU espalhando sua elegância.
Na boca, seus 13% de álcool fazem uma parceria muito elegante com a acidez e a quantidade de aromas frutados e taninos bem pronunciados.
Bem encorpado, destaca-se por seu equilíbrio entre os fatores que o integram. 
Não renega a sua origem de uma família bem comportada, competente, e influente no cenário vitivinícola mundial. 
Não é um vinho comum e se destina aos que exigem um pouco mais substância nos líquidos de Baco que desfrutam e apreciam.
Um vinho de guarda.
Deixa um final longo e prazeroso.

Esta é a minha opinião

quarta-feira, 13 de março de 2019

CAVA HERETAT SABARTÉS NATURE

FlávioMPinto

A Cava da Catalunha foi feita para apresentar uma alternativa ao Champagne pelos catalães.
Com uvas autóctones, de cor amarelo-ouro brilhante, de aromas cítricos agridoces. Seu sabor é bem distinto daquele néctar francês, mas não deixa de possuir seus atrativos quer sejam em aromas ou sabores. 
As primeiras mostras gustativas não apresentam, na minha opinião, a delicadeza da Chardonnay ou Pinot Noir, mas sim um vinho mais untuoso, mastigável.
Sua doçura está no limite de uma acidez pronunciada e produtos salgados de armazéns. É um agridoce diferente, mas agradável. 
A perlage é bem viva e fugaz.
O teor alcoólico de 12% forma um bom conjunto, elegante, por sinal, com a acidez pronunciada e o mix de sabores exóticos de frutas pouco maduras e amarelas também ainda meio verdes. 
É a Cava, um espumante bem catalão.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 11 de março de 2019

ESPUMANTE MIOLO CUVÉE TRADITION

FlávioMPinto

Um espetacular espumante feito á moda tradicional-champenoise- com a segunda fermentação na própria garrafa.
De cor salmão claro com aromas frutados cítricos e perlage forte e bem viva, foi produzido pelo Méthode Tradicionelle francês.
Seus 12,5% de alcool compõem um conjunto elegante com uma acidez muito boa e  sabores complexos de frutas cítricas compotadas como abacaxis, maças e pêras.
Por ter na sua composição Pinot Noir e Chardonnay,  trás importantes aromas e sabores dessas cepas. Pão torrado, limões sicilianos, lixias, pêssegos, acompanham os aromas primários e outros surgidos na segunda fermentação.
Um espumante digno da maior tradição da região mais produtora de espumantes do Brasil.
Um espumante delicado, sedutor, aprazível, muito distinto e orgulho do Rio Grande.
Vê-se o porquê do destaque dos espumantes brasileiros nas degustações e concursos mundo afora.  

Esta á a minha opinião.          

quarta-feira, 6 de março de 2019

CASILLERO DEL DIABLO DEVIL’S COLLECTION 2015

FlávioMPinto

Já havia degustado e apresentado minhas considerações sobre esse vinho a um tempo atrás e surgiu mais uma oportunidade de degustar esse ícone da Concha Y Toro. 
A chilena Concha Y Toro é uma das maiores vinícolas do mundo. Não só produz uma gama imensa de vinhos no Chile, mas também na Argentina e California-EUA. Atua em mercados globalmente com produtos de qualidade inquestionável.
Acompanhada por uma política governamental perfeitamente sintonizada com seus objetivos, fez do Chile, uma área profícua para o plantio de videiras e vinificação.
Esse Casillero del Diablo Devil’s Collection tinto vai na direção da perfeição. 
Um vinho de cor púrpura intensa, exalando aromas frutados de framboesas e cerejas.
Apresenta lágrimas parcimoniosas informando sua untuosidade.
Na boca, seus 13,5% de álcool ombreiam com a acidez , os taninos presentes e os sabores complexos de morangos frescos, cerejas maduras, é de uma aristocracia ímpar.
A Concha Y Toro revelou a qualidade de seu terroir e de seus enólogos nesse vinho de concepção impecável.
Redondo, harmônico, elegante, todas as características presentes nos grandes vinhos se mostram no Devil’s Collection tinto. 
O blend de uvas tintas não dá espaço a qualquer manifestação contrária em seu corpo.
Um vinho de personalidade marcante, uma textura formidável. De excelente custo-benefício. 
De longe é o melhor vinho das Américas.
Deixa um final longo e prazweroso.

Esta é a minha opinião.

sábado, 2 de março de 2019

COMTE AQUITAINE MERLOT 2016

COMTE AQUITAINE MERLOT 2016
FlávioMPinto

Um vinho bem francês.
A Merlot é a estrela dos vinhos da margem direita do Dordogne. Os grandes vinhos de lá são dessa cepa.
De cor púrpura forte, aromas frutados de frutas vermelhas e pretas surgem.
Na boca, se agigantam groselhas, cerejas  e ameixas pretas.
Se teor alcoólico de 13% não se faz presente no blend fazendo uma boa união com os taninos e acidez.
É um vinho simples, de origem francesa, mas deixa uma aura de aristocracia por sua complexidade.
Da história, sabemos que os vinhos franceses de Bordeaux alcançaram enorme sucesso  comercial após a união do rei inglês Henri II com a francesa Eleanor D ‘ Aquitaine.
Deixa um final longo e prazeroso.

Esta é a minha opinião.

SANTA COLINA PINOT NOIR 2016

FlávioMPinto

A Vinicola Santa Colina, de Palomas-Livramento, na Campanha gaúcha, se arrisca na produção de um vinho com uma cepa delicada e difícil: a Pinot Noir.
O terroir que apresentou ao mercado brasileiro os vinhos finos, nos brinda com esse vinho delicado e competente.
É oriundo de um dos terroirs descobertos a pouco mais de 40 anos na fronteira gaúcha e que mostrou ao mundo  a capacidade vinícola daquela região.
De cor rubi clara, poucos aromas de frutas vermelhas e flores silvestres.
Na boca, seus 12% de álcool combinando com a boa acidez, temos um vinho elegante.
Pode ser encontrado na maioria dos pontos de venda, facilmente. De excelente custo-benefício.
Deixa um final curto.

Esta é a minha opinião.

APALTAGUA PINOT NOIR 2017

APALTAGUA PINOT NOIR 2017
FlávioMPinto

Um tinto chileno muito delicado.
De cor rubi suave, com boa transparência.
Aromas leves de framboesas.
Na boca, poucos taninos, acidez adequada e teor de álcool sob medida que o deixa com certa elegância.
Os chilenos, ao diversificarem sua produção, investindo conhecimento em cepas diferentes das usuais, conseguiram acertar a mão na Pinot Noir. E fizeram um belo vinho descobrindo nos seus vales terroirs interessantíssimos.
Delicado, floral, acompanha pratos leves com galhardia.
Deixa um final curto mas agradável.
Esta é a minha opinião.

CHAMPAGNE

CHAMPAGNE
FlávioMPinto

Região situada a nordeste de Paris- França,  produtora do líquido mais desejado do universo vitivinícola: o Champagne.
Colinas a perder de vista abrigando parreirais de Chardonnay, Pinot Meunier e parcelas significativas de Pinot Noir, uvas usadas na confecção dos melhores champanhes do mundo. Moet Chandon, Veuvet Cliquot, Roederer, Taittinger, Gosset, Cristal, Joseph Drouhin, Nicolas Feuillate, Bollinger, Pol Roger, Krug, Deutz, Don Pérignon, são marcas reconhecidas e emblemáticas no mundo do líquido explosivo descoberto por Don Pérignon e seus parceiros monges cistercienses. Eu, particularmente penso que eles mais bebiam do que rezavam kkkkk. E nos legaram a bebida dos reis.
A topografia suave do nordeste da França sempre foi caminho de passagem de guerreiros em todas as guerras  de conquistas envolvendo godos, visigodos, outros bárbaros, ingleses e franceses, até as duas grandes guerras mundiais com o advento da blitzkrieg alemã. O solo da Borgonha foi irrigado com o sangue de milhões de soldados e civis, talvez como que querendo recompensar ali surgiu o espumante ideal para alegria e para tristeza. 
A produção, de gerações em gerações, séculos após séculos, de milhões de litros, foi conseguida através do domínio completo das soluções ás intempéries, que dificultam o plantio , floração e amadurecimento das videiras. Toda safra pode ser corrigida tecnicamente buscando-se um padrão ideal. 
Todas as fases foram perfeitamente dominadas permitindo a produção continuada com uma qualidade, que não se permite diferenças brutais entre as seguidas safras, com alta produção qualidade.  Calor excessivo, frio, chuvas torrenciais, e sua falta, nada passa do controle dos produtores borgonheses, com técnicas modernas que evoluem com as gerações familiares como o amadurecimento em caves  seculares em todo subsolo da Reims, Vernay, Ay e outras cidades.  
Essa dedicação exclusiva permitiu que os produtores, a um século, colocassem um nome próprio á bebida que produziam: Champagne. Foi uma das primeiras distinções especiais no mundo dos vinhos. Um nome especial a um produto especial!
Napoleão, na sua sabedoria,  assim se referiu ao Champagne-“Nas vitórias é merecido e nas derrotas , necessário”.

Atualmente, o destaque nessa área é o Brasil com seus espumantes. Eles já fazem frente aos melhores franceses, e os vencem, em inúmeros concursos e degustações internacionais. Esse boom dos espumantes brasileiros, na minha visão, se deu pelo uso uva Moscatel/Moscatto Giallo, feita no estilo Brut, tanto rosés como brancas. O adocicado foi dominado preservando-se o frescor , a acidez e a delicadeza da fruta combinando com um grau de teor alcoólico ideal que não deixa, o liquido da taça, perder fôlego. 
Um dos melhores terroirs para produção de uvas brancas, um dos últimos descobertos, fica na região da Campanha gaúcha com suas colinas e clima frio, que fazem lembrar a região da Champagne francesa,  se bem que, a capital brasileira dos espumantes é Garibaldi, que produz a única bebida produzida fora da região da Champagne, que pode ser chamada de Champagne!

Saúde!!!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

LIDIO CARRARO FACES SAUVIGNON BLANC 2018


LIDIO CARRARO FACES SAUVIGNON BLANC 2018
FlávioMPinto
Um vinho da Lidio Carraro, vinícola da região sul da Campanha gaúcha, que decidiu fazer esse vinho no Chile. Uma aposta muito bem sucedida.
De cor amarelo palha, exala aromas frutados cítricos e de especiarias secas. 
Um vinho branco muito aromático com aromas de gasolina.  
Na boca, os sabores de limões sicilianos, erva doce, lixias, hortelãs, melões gaúchos pouco maduros, abacaxis, camomila, fumo, lavanda e pinho, tomam conta perfazendo uma personalidade muito complexa e original. Muito distinto.
Seus 12,5% de álcool o deixam com uma elegância ímpar ombreando com a acidez e os sabores citados. 
Muito untuoso, portentoso e opulento, lembrando os brancos barricados da Borgonha. Seus sabores de fumo indicam provável passagem por madeira. 
É um blend de Sauvignon Blanc, Viognier e Chardonnay,  apresentando delicadamente as melhores características dessa cepas. Um vinho muito bem feito.
Fresco, leve, muito agradável.

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

VIEUX PAPES

FlávioMPinto

Este vinho é um dos mais vendidos na França. Não safrado.
Feito com uvas francesas que não são destinadas aos grandes vinhos, de cor rubi forte e exala aromas de framboesas.
Cálido, fresco, agradável.
Cor rubi forte, com aromas frutados de frutas vermelhas maduras.
Um vinho que não exige muito de quem o degusta. Fácil de entender suas nuances.
Bom teor alcoólico, 13,5%, que o deixa elegante junto com sua boa acidez e taninos presentes.
Na boca, um vinho que não desagrada. É convidativo, prazeroso. E simples. 
Deixa um final curto.

Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

CATA MAYOR VIEJA PARCELA CABERNET FRANC 2004

CATA MAYOR VIEJA PARCELA CABERNET FRANC 2004
FlávioMPinto

Degustei esse mesmo vinho a uns dois anos e agora em 2019, 15 anos de seu engarrafamento, nova degustação. 
Gosto de vinhos antigos, curtidos na garrafa por longos anos.
Não vou relembrar como foi, apenas farei como se fosse sua descoberta agora.
Com o prestimoso auxílio do decantador, e uma aeração adequada, o colocamos em jogo.
Poucas lágrimas indicando reduzida suntuosidade por sua idade. Já curtido, com teor alcoólico já muito absorvido, é um vinho de uma elegância ímpar. Taninos presentes mas muito controlados, acidez ótima, teor alcoolico de 13,5% já não se percebe. Sabores balsâmicos presentes. 
Aromas de frutas silvestres vermelhas e sabores de cerejas maduras, ameixas vermelhas e mirtilos fazem desse Cabernet Franc,  já na sua plenitude de vida, um grande atrativo para o procurarmos nas gôndolas dos velhos  armazéns no centro de Rivera. Vale a pena garimpar. 
Os nossos aplausos, para a Bodega Castillo Viejo de San Jose-Uruguai, ao nos brindar com esse soberbo vinho.
Sabores de menta, bem pouco só para emoldurar, framboesas maduras, ameixas vermelhas, perfazem a complexidade do Vieja Parcela 2004.
DEixa um final longo e balsâmico.
Um vinho para quem entende do riscado e sabe aproveitar tudo de bom do líquido de Baco.